Ele é paraibano de nascimento, mas mora em Fortaleza, capital do Ceará, há bastante tempo. Casado com Yanna Gurgel e pai de três filhas, Felipe Aragão Gurgel, ou Felipão, como é mais conhecido, hoje é um homem centrado, feliz e realizado. Mas nem sempre foi assim…

Aos 16 anos, começou a trabalhar com música, seu grande sonho. Passou por várias bandas, mas o tão almejado sucesso não vinha. Tempos depois, meio que por brincadeira, a família decidiu formar um grupo musical. Junto com os irmãos, surgiu Felipão e o Forró Moral, e o que era brincadeira virou coisa séria: a banda ganhou fama e percorreu o Norte e o Nordeste do país com agendas sem fim. A fama e o sucesso, claro, cobraram um preço.“Quando eu era mais novo, pensava que, quando ficasse rico e famoso, seria feliz. Ter dinheiro e posses era, para mim, a imagem da felicidade. Com a banda, o sucesso chegou, e eu pensava que estava no caminho certo. Mas não… Eu tinha tudo. E, quando digo ‘tudo’, é tudo mesmo. Mas eu não entendia porque ainda me sentia triste e vazio. No momento em que eu estava no palco, tudo era alegria para mim, mas, quando eu descia, aquela alegria não me acompanhava. Comecei a ficar deprimido e meu escape foi o álcool”, relata.

Na medida em que a banda fazia sucesso, Felipão mergulhava ainda mais fundo na bebida. A família, que montara a banda para ficar junta, começou a se desintegrar. “Comecei a beber diariamente. Não cuidava mais do meu casamento, não tinha prazer na banda, não pensava mais na carreira. Só queria beber. Imagine isso todos os dias? Era um pesadelo! Até que o dia do basta chegou. Eu estava em um hotel, saindo da ressaca de mais um porre. Não agüentando mais aquilo, resolvi me ajoelhar e pedir ajuda a Deus. Eu disse: Se o Senhor mudar a minha vida e me tirar desse lixo em que me encontro, nunca mais coloco uma gota de álcool na boca. E assim foi…”, disse.

Mas desligar-se da banda não foi tão fácil. Quando comunicou o desejo de sair, a família ficou seis meses sem falar com ele. Nesse período turbulento, a convite de um amigo, ele e a esposa foram assistir a um culto. “Naquele dia, fomos ‘pegos por Jesus’”, conta. Por causa do contrato com o empresário, ele teria mais dois anos junto à banda.“Imagine cantar coisas mundanas, quando o mundo não está mais em você… Foi um período duro, mas vi que nada daquilo me pertencia mais, nem tinha qualquer valor para mim”, afirma.

Já convertido, Felipão conta que tomou pavor de forró. Tanto que, depois de um tempo firme na Igreja, e com a cobrança dos amigos e irmãos em Cristo, ele resolveu gravar um CD, chamado Novo tempo, que, em nada, lembrava o antigo estilo. “Passei a ter pavor de forró, não gostava nem de ouvir esse nome”, diverte-se. “Novo tempo é bem adoração e fala da minha novidade de vida”, resume.

Tempos depois, ao participar de um culto, Felipão conta que o Senhor falou claramente ao seu coração para que voltasse a cantar naquele estilo (forró), pois ele ganharia muitas almas pra Jesus. E assim ele fez: consagrou-se, reuniu os compositores, separou algumas músicas e, assim, nasceu É desse jeito, seu mais novo disco, agora distribuído pela Graça Music.

E como aconteceu essa parceria entre Felipão e Graça Music? “Quando Deus quer, tudo dá certo, só isso explica minha chegada à gravadora. Eu estava em São Paulo, no ano passado, justamente no período da ExpoCristã (a maior feira de produtos para cristãos da América Latina). Resolvi conhecer o local e fiquei impressionado com a estrutura, com tudo, mas não me senti à vontade de procurar ninguém. Já indo embora, encontrei com o Felippe Valadão (esposo da cantora Mariana Valadão), que me puxou pro stand da Graça Music. Ficamos conversando por alguns minutos e ele me apresentou à Andréa Rocha, gerente geral da gravadora. Nossa conversa fluiu de tal maneira que falamos por mais de meia hora. Deixei um CD com ela e voltei para Fortaleza, sem nenhuma expectativa, com o coração no Senhor. Dois meses depois, eu estava assinando contrato com a gravadora. Foi de Deus demais!”, comemora.

É desse jeito é um disco de celebração a Deus, que fala de Suas maravilhas, de Seu poder e de como podemos nos achegar a Ele. Tudo, claro, com muito forró, marca inegável do cantor. Canções como Paredão de Jesus, Sou Vencedor, Meu Tudo e Gosto de Jeová, além de Não dá, música escolhida para apresentá-lo ao grande público, prometem não deixar ninguém parado.

Produzido por Wagner Bezerra e Amedício Jr., o CD É desse jeito traz 14 faixas, com duas participações especiais: a de Thalles, cantando na praia forrozeira de Felipão a música Deus da minha vida, e Charlys da Rocinha, na faixa Levante a cabeça.

O projeto gráfico e as fotos ficaram a cargo do designer carioca Alex Mendes.

A campanha de divulgação do disco começará no dia 12 de março, com o lançamento de comerciais para TV, spots em rádio e clipe nas redes sociais.

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